четверг, 26 ноября 2009 г.

Festival de Cinema Brasileiro em Moscovo: Tempos de paz

No ultimo domingo, no cinema 35 MM, no âmbito do festival de cinema brasileiro, a decorrer até ao dia 26 deste mês em Moscovo, foi exibido Tempos de Paz do realizador brasileiro Daniel Filho. O filho é uma adaptação da peça do mesmo nome, de Bosco Brasil. Esteve presente o actor Daniel Stulbach, com o qual o público teve a oportunidade de discutir o filme. Apesar de o filme não ter sido exibido em horário nobre, o filme registou uma importante afluência, o que confirma o interesse e curiosidade do público russo em conhecer a cultura brasileira e o Brasil, que goza de uma imagem de país misterioso junto dos russos.
A acção decorre no Brasil durante o espaço de um dia, o dia 18 de abril de 1945. Um actor polaco (polonês) chega ao Brasil, à procura de uma vida nova. Quer mudar de profissão, pois considera que não há lugar para o teatro depois da Guerra . O filme coloca a questão: Para que serve ser actor? E acaba por dar uma resposta convincente, que não deixa quaisquer dúvidas.
No momento em que o filme terminou, todos os que estavam presentes na sala aplaudiram com sinceridade. Ninguém se apressou a sair. Dam Stulbach desceu ao palco e respondeu a todas as perguntas que lhe forma colocadas. Revelou que tinha participado na peça e que gostaria de a mostrar em Moscovo. Foi patente a sua emoção, e admitiu que, mesmo sem saber ao certo por que razão, se sentia à beira de chorar. Explicou que tirou algumas fotos para a sua mãe (que também contracenou com ele no filme), porque ela não acreditava que o filme pudesse ser exibido em Moscovo, e com tal afluência de público.



Seguiram-se as perguntas sobre as diferenças substanciais entre a peça e a sua adaptação ao cinema, sobre as sua emoções durante a interpretação da personagem. Dan respondeu a todas as perguntas, com naturalidade, em pormenor. E compartilhou as suas impresses sobre Moscovo e os russos em geral. Confessou que achava que o nosso povo era mais simpatico do que pensava. Assim, sem darmos por isso chegou o momento da sessão seguinte, o que não impediu que a discussão continuasse fora da sala. O ambiente foi muito íntimo, e por certo ninguém se arrependeu de ter vindo.
O Brasil e a Rússia são países muito diferentes, mas isso só torna o encontro de ambas as culturas mais interessante e inesquecível.
O filme aliás exibido duas vezes no âmbito do festival.

Galha Babaeva

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