суббота, 27 февраля 2010 г.

O conceito de beleza

É natural dar-se mais valor àquilo que é raro. Ninguém por exemplo liga ao ar, até que comece a escassear ou a tornar-se prejudicial. A saudade de alguma forma nasce da ausência, ou da perda. Vejamos o que consta do conceito de beleza neste âmbito.

Dentro deste conceito, há uma parte universal e uma parte variável, individual. Há coisas de que todos gostamos unanimemente, tais como a justa proporção, a harmonia. Nem as obras de arte moderna são excepção, na medida em que os seus autores frequentemente se distanciam dos cânones de beleza tradicionais, para chamar a atenção para o contrário.

O conteúdo da parte variável depende da época, da cultura, da pessoa.

Já estamos todos fartos de ouvir dizer que ainda há bem pouco tempo não desprezavam a gordura como hoje em dia. Pelo contrário, uma pessoa magra era considerada doente. Não quero com isto dizer que o ideal fosse pesar mais de 100 quilos, porque não devemos esquecer que a norma de beleza universal valoriza proporções saudáveis. Temos então a imagem de uma pessoa de pele branca e de formas opulentas. Se formos para a África, a gordura acentuada é tida como formosura. Na Ásia, os cânones de beleza privilegiam os cabelos ondulados e castanhos, ou loiros, e a pele clara “de prata”. Enquanto que pela Europa fora imperam a pele bronzeada, a ausência de gordura, e a guerra aberta à celulite.
Porque será que os cânones de beleza evoluem tanto?

Lembremo-nos da tese que tem sido até exposta, e que parte do princípio que valorizamos aquilo que é mais raro. Como era então a sociedade antes da era da industrialização, e da invenção da electricidade? A grande maioria das pessoas vivia no campo, debaixo do sol, com pouca comida, o que fazia com que a maioria andasse relativamente magra, com a pele danificada pelo sol, pelo vento, e a lavoura. Só a nobreza usava guarda-sol e tinha quem a transportasse para dar uma volta. Tornava-se difícil ser-se original.

Já têm a explicação para a beleza em África e na Ásia. Vamos abordar um assunto mais agudo, o do ideal moderno europeu.

Poucos trabalham o dia inteiro ao ar livre, a maioria fica fechada em edifícios, daí a dificuldade em bronzear. Quanto ao exercício físico, já não se destina a ganhar o pão, na maior parte dos casos, e inclusive até já se paga para poder transpirar durante algum tempinho livre, nas salas de fitness.

Por vezes, mudar de país transforma a interpretação do rosto de uma pessoa. Já pensaram nisso? Essa relatividade permite-nos também minimizar algumas feições consideradas como imperfeitas. Por exemplo, pode-se perfeitamente dizer: “Sou assim tão branquinha porque sou uma Marquesa de Pompadour reencarnada”.

вторник, 23 февраля 2010 г.

Terra Incognita

Sibéria... O que é que imaginam ao ouvir esta palavra? Espaços a perder de vista cobertos de neve? Inverno eterno? O frio insuportavel? Ursos que andam pelas ruas procurando comida?
Mas como é a Sibéria na verdade? Claro que nem todos têm a coragem de comprar o bilhete e ir para esta terra encantadora. Porém valerá a pena ler este artigo até ao fim porque a autora é siberiana.Nasci e cresci na Sibéria. E a minha casa ainda tem aquecimento, o que ajuda a não morrer de frio. Sim, realmente faz lá frio. O inverno é muito longo – quase 6 meses, e a temperatura mínima de que eu me lembro foi de 50 e poucos graus negativos . Mas a temperatura normal no inverno varia de 20 a 30 graus negativos. Não quero desiludi-los, mas nunca encontrei nenhum urso na rua, estes animais só habitam nas florestas e, obviamente, evitam o contacto com pessoas.Ainda assim é bem interessante o inverno na Sibéria. È possível construir castelos e vários esculturas de neve ou gelo, jogar bolas de neve e rolar do cima das montanhas.

Gosto muito da minha pátria e aconselho-os a viajar até lá!