вторник, 28 декабря 2010 г.

Vendedores Ambulantes no Brasil

Nos bairros que não têm gás de cozinha encanado cada manhã os moradores ouvem uma musiquinha bem alta e estranha para os quem não a conhecem, mas sempre a mesma - a "música do camião de gás". Para mim ela servia de despertador nas manhãs preguiçosas quando eu não tinha de acordar cedo. O camião passava muito devagar pela rua, e até que o som se calasse eu estava a ouvir a melodia, que me parecia um convite amável ao dia. Depois deparei com uma outra música, muito parecida, e soube, que grandes companhias de gás tinham uma determinante.

Caminhões mais simples não compunham uma melodia, mas compravam uma caixa musical que já tinha uma programada. É a essas caixas que se deve a popularidade no Brasil de uma peça de Beethoven "Para Elisa". Todos a reconhecem como a "música do camião de gás" mas poucos sabem da autoria.

Porém os caminhões não foram os únicos. Estabeleceu-se uma tradição, que deve ser muito antiga, de vendedores ambulantes terem o seu barulhinho que os identifica facilmente. É muito prático na praia – sem gritar o nome da sua mercadoria um vendedor não perturba o sossego e paz das pessoas, que sem abrir os olhos sabem o que lhes está a ser proposto.

O vendedor de churros, por exemplo, tem uma prancha de madeira que ele vira e assim faz bater nela um pedaço de ferro, criando um barulho rítmico específico de churro, avisando os fregueses da sua chegada. O som de algodão doce é buzina. Há quem use reco-reco, um insrtumento executado por atrito e originalmente usado para acompanhamento de numerosas danças.

Diz-se que o brasileiro nasce dançando, mas eu acrecentaria – fazendo qualquer percussão. É tão comum que as pessoas quase não notam, já que para mim, confesso, foi cansativo.

Fazer barulhinho tornou-se a unica forma de atrair a atenção depois de uma lei ter sido promulgada recentemente proibindo gritar nas feiras. Também interditou actividades ao ar livre (música e mesas na esplanada, pessoas alegres a andar de um bar para um outro) e assim acabou com a vida nocturna da Vila Madalena, um bairro de São Paulo, “homólogo” do Bairro Alto em Lisboa. Estranhamente, o motivo foi as queixas por causa do barulho.


суббота, 22 мая 2010 г.

Gonçalo M. Tavares, ou Algumas meditacoes sobre a lingua e a cultura



Na quinta feira passada os estudantes do português tiveram uma feliz possibilidade de falar com um dos vultos mais significativos da literatura contemporânea, Gonçalo M. Tavares. Aconselho insistentemente a leitura de todas as obras diponíveis.

A linguagem do Gonçalo M. Tavares é concisa, precisa e elaborada, muitas vezes amarga, o escritor faz-nos ver as coisas de novo, faz-nos ser honestos connosco próprios. O livro perturba nos. Ao focar-se num assunto, quer que seja uma convenção social ou individual, ou seja uma convicção, um comportamento pessoal, o autor aumenta os traços distintivos, levando-os até ao absurdo, e assim revela o valor profundo, primitivo do fenómeno. Tudo isso é feito duma maneira maliciosa e construtiva ao mesmo tempo.

No encontro da Iniciativa da Associação Cultural Europa Viva com apoio do Instituto Camões e da Embaixada de Portugal, Gonçalo M. Tavares abordou os problemas que a divergência de dois mundos traz: o da vida e da língua.

Todos nós sabemos como é difícil nos exprimir com essas sequências de sons, chamadas palavras, o significado dos quais é uma mera convenção da sociedade em que vivemos. As acepções do nosso discurso interior não se encaixam em significados que as palavras contêm. a mesma palavra pode ser entendida de varias maneiras por leitores diversos e até por a mesma pessoa em situações distintas.

Nessa diferença entre o facto e o que esteja dito baseia-se o desentendimento, sobretudo a manipulação politica. O Gonçalo M. Tavares diz que a arte dos políticos é dizer o opósito da verdade e não mentir. Por exemplo, o facto de uma pessoa ter sida expulsa de pais é comentado "O fulano tal foi de viagem".

Mas como cada caso tem dois lados, a divergência entre a vida, a língua e o entendimento vai sendo um fonte de inspiração e de criatividade. Gonçalo M. Tavares aprecia imenso as frases ambíguas "que não se sabem aonde cair". O cargo de escritor e descascar a palavra de acordo humano, de associações vulgares. É chato pensarmos em cadeira ao ouvirmos mesa. É curioso saber que a linguagem das crianças até aos 5 anos é pura de convencionalismo, de lugares-comuns.

Além das razões que já abordei, o desentendimento é causado por diferentes imagens do mundo, criadas por uma cultura. mesmo que se conheça a tradução de cada palavra na frase, acontece que não se pode captar o sentido geral que está escondido atrás da nuvem cultural de imagens ligadas.

Para ilustrar esse tese, Gonçalo M. Tavares pediu os seus ouvintes escreverem 10 palavras associadas com a ideia de Terra. Surpreendidos ficaram os portugueses ao descobrirem as associações de ideias ao cosmos ou ao preto, que é a cor de solo fecundo na Rússia. Da mesma forma, nenhum dos russos presentes não propôs montanha ou colina, à diferença dos portugueses.

Gonçalo M. Tavares deixou a impressão de uma pessoa aberta às inovações, e com profundo conhecimento das vida, da literatura, e ainda por cima simpático e com bom sentido de humor.

четверг, 6 мая 2010 г.

Clube Judáico da MGIMO


Como é sabido, na época soviética, para os judeus o ingresso nas universidades estava condicionado, sendo que eram estabelecidas quotas que lhes limtavam o acesso ao ensino superior. Não lhes passava sequer pela cabeça a possibilidade de um dia entrarem na Universidade de Relações Internacionais- MGIMO, que era na altura a universidade dos filhos da chamada “Nomenclatura” soviética. Mas os tempos mudam, e vivemos numa Rússia que optou pelo caminho do desenvolvimento democrático.
Em março de 2008, lancei a ideia da criação de um clube capaz de reunir todos os judeus da MGIMO. No dia 14 de abril de 2008 aconteceu a primeira reunião. O clube foi baptizado “União dos Estudantes Israelitas” (Clube Judáico) da MGIMO.

A administração da universidade saudou de início a iniciativa, e apoiou-nos, juntamente com a Embaixada de Israel. Deitámos então mãos à obra, e já após apenas um ano de existência recebemos o galardão do “Clube Nacional mais activo da Universidade”, num leque de 25 clubes. Ao longo do segundo ano de existência levámos a cabo 20 eventos, nomeadamente conferências científicas, concertos e celebrações de festas tradicionais tais como “Rosh-ashana”, “Chanuka”, “Purim”, “Pesakh”. Convidámos para vários encontros personalidades da cultura, das ciências, dos negócios, jornalistas, figuras religiosas, tais como o Principal Rabino da Rússia Berl Lazar, o Presidente do Conselho de Rabinos da Europa e da Comunidade dos Países Independentes Pinkhas Goldchmidt, o Embaixador de Israel na Rússia Anna Azari, o Director do Instituto de Estudos do médio- oriente Evgueni Satanovskii, o artista emérito do povo Mark Razovskii, o apresentador de televisão Viatcheslav Flyakovskii, e Elena Hanga, entre outras personalidades, que também nos ajudaram a promover eventos na nossa universidade.

O último foi dedicado aos resultados da última guerra mundial, e organizado pela universidade em conjunto com a Embaixada de Israel na Rússia. Estamos neste momento a obrar para a realização do próximo encontro com Shimon Peres que irá realizar-se no dia 11 de maio.
Os objectivos do nosso clube são: a coesão dos judeus da MGIMO, divulgar a cultura judáica, o estudo de diferentes esferas sociais de Israel, e do povo judáico na MGIMO, e apoio aos estudantes na aprendizagem da língua hebráica.
A nossa organização está aberta a todos os que a queiram integrar, independentemente da religião e da nacionalidade. Dela fazem parte neste momento 90 membros oriundos de 11 países.
O Vice-Reitor para os quadros da universidade, Valeri Vorobiev declarou que “hoje em dia a as relações da administração da universidade com o clube judáico vão de vento em popa”, comparando-o com outras uniões nacionais da MGIMO.
Mas para mim não é o mais importante. Quando vejo judeus da MGIMO com vontade de saber mais, frequentando a sinagoga, respeitando os preceitos e tradições do nosso povo, quando vejo outros estudantes e professores da MGIMO interessados em conhecer melhor o povo judáico e Israel, mostrando um verdadeiro interesse pela nossa singularidade, fico satisfeito e chego à conclusão que todo este trabalho não foi em vão.


David Peleg, estudante do 3º ano de Relações Internacionais.

пятница, 26 марта 2010 г.

Beijinhos de Portugal, ou Сomo Nós Сonhecemos Coimbra

Neste Inverno estivemos em Portugal. Nao foi a primeira vez, e já pensávamos que nada nos podia surpreender lá. Enganámo-nos redondamente! Descobrimos a cidade de Coimbra e logo percebemos que era bem diferente de tudo o que tínhamos visto antes...
Não tentamos dissipar estereótipos alguns, só queriamos compartilhar a nossa experiência, bem como as nossas emoções.


A primeira coisa que nos supreendeu (muuuito!) foi o tempo em Portugal. Nós todos sabemos que Portugal é um país bem quentinho.  Pelo menos pensávamos assim quando estávamos a fazer malas. Mas! Verificámos precisamente o contrário: embora todos os portuqueses neguem a existência do Inverno e do frio no seu país, verdade seja dita, não sentimos muito calor por lá!
 

A única coisa que nos salvou foi o aquecedor porque nos faltou o aquecimento central (se não há Inverno, para que é que serve ter aquecimento central?!) E foi-nos difícil  compreender como é que os portugueses podiam estar nas esplanadas à noite a beber cerveja ou a tomar o seu cafezinho. 
 
Também vale a pena descrever o ambiente bem especial da cidade estudantil. Nota-se nem só pela quantidade dos estudantes ou pela beleza da Universidade mais antiga de Portugal, mas o que é mais importante é que se pode sentir a presença das tradições ricas. Uma delas é, com certeza, fado de Coimbra, ou seja fado estudantil. É tão diferente do fado de Lisboa que ainda não se podem ser comparados. É cheio da energia e entusiasmo juvenil, mas ao mesmo tempo é muito lindo e não deixa de tocar no coração das pessoas! 
Mas nem tudo é tão fácil no mundo estudantil de Coimbra. Estámos a falar sobre a praxe. Claro que todos já conhecem este fenómeno. Nesta vez vimos o reverso da medalha: nem sabíamos que há o movimento anti-praxe entre os esdudantes, e quase toda a comunidade estudantil está dividida em dois grupos – pro e contra a praxe. Os primeiros defendem as tradições e a história rica da Universidade dizendo que é um dos fenómenos particulares de Coimbra. Outros insistem que a praxe representa humilhação, desigualdade, hierarquia e discriminação. Também refutam o conceito de traje como o símbolo da hierarquia.
 
Outra coisa que nos supreendeu é a actividade dos estudantes seja social contra a praxe ou as propinas, seja política a favor dos direitos humanos. O exemplo mais flagrante aqui é a República feminina e feminista chamada A República das Marias do Loureiro. Não vamos descrever o conceito da república em pormenores porque este tema merece mais um artigo, só queriamos mencionar esta mesma república porque as raparigas que moram lá lutam pelos direitos das mulheres.
 
Conhecemo-las na apresentação do filme brasileiro “Anjos do Sol” sobre a exploração sexual das crianças e tráfico das pessoas para os fins comerciais no Brasil. Para ver o filme à casa das Marias chegaram pessoas bem diferentes, nem só mulheres ou feministas. Depois do filme teve lugar uma discussão muito viva sobre o assunto que se desenvolveu noutra sobre imigração ilegal, direito para o aborto, prostituição nem só no Brasil mas em todo o mundo. Ficámos muito impressionadas pela conversa e pelas Marias, bem como pelos temas abordados.

* * *
Achamos que tivemos sorte de encontrar tais pessoas e é muito prazer para nós em conhecê-las e em termos sentido o ambiente especial da cidade porque nem todos os estudantes de Moscovo tem uma oportunidade destas. Da nossa parte fizemos o nosso melhor a representarmos a Rússia!

Catarina Casacova, Alhona Péplova


вторник, 2 марта 2010 г.

A Maslenitsa: festa de despedida do Inverno



Para o moscovita, absorvido na pressa do dia a dia e quase sempre ocupado, a semana de “Maslenitsa”, que se festeja em Fevereiro é um óptimo motivo para deixar a cidade e descobrir os prazeres do inverno russo. Não só por causa do ar fresco e apetite saudável que nos conquistam nos pinhais, mas também pela felicidade de nos deliciarmos com umas velhas tradições russas. Por isso, não hesitei quando surgiu a possibilidade de passar aquele domingo ao ar livre em boa companhia.

Partimos de manhã da estação Leningradski vokzal em direcção a Radíchevo, uma pequena aldeia no noroeste da região de Moscovo. Ainda que fizesse frio e nevasse muito fortemente (este inverno já foi considerado como um dos mais rigorosos e nevosos das últimas décadas, o que agora acontece raramente), o comboio estava cheio de amadores do lazer activo e entusiastas, ansiosos de celebrar a chegada da Primavera, embora só se manifestasse ainda no calendário. Depois de uma hora de caminhada a pé pela floresta coberta de um manto branco (muito espesso em certos lugares), chegámos finalmente a uma grande clareira enfeitada com fitas e figuras de neve, símbolos da “Maslenitsa”.



A Maslenitsa é na origem uma festa pagã, que depois do Baptismo da Rússia em 988 foi incluída no calendário ortodoxo como a última semana festiva antes da Quaresma. Tradicionalmente a Maslenitsa inaugurava a Primavera e o prolongamento do dia solar. Os crepes ou bliny em russo, prato principal que se comia na ocasião, simbolizava o Sol a crescer. O nome da festa Maslenitsa provém da palavra maslo, manteiga russa, com que as mulheres untavam os bliny. Agora os russos comem os bliny muito mais frequentemente, mas no tempo da Maslenitsa eles são consumidos em quantidades enormes e com todos os recheios possíveis: creme azedo, mel, carne, queijo, caviar etc. A celebração pressupõe inúmeros jogos e actividades lúdicas nos quais toda a gente participa com muito gosto.

Apenas chegados, acendemos uma fogueira para aquecer as mãos e os pés congelados e criar a respectiva atmosfera de festa. E a festa começa! Antes de tudo assistimos à conquista da fortaleza de neve, construída especialmente para o evento. Logo partilhamos a alegria de queimar a figura da própria Maslenitsa, símbolo do inverno, com que se vão embora todas as emoções negativas da estação, acompanhada pelo cantar em roda. Muitas pessoas estão vestidas de fatos tradicionais e recitam os tchastúchki, pequenos poemas de carácter humorístico, animando os participantes do festejo. Além disso tiramos fotografias de navios, casas, bonecos de neve, feitos com amor e imaginação.

Continuamos a celebração em torno da fogueira. A comer bliny e a beber chá recém-feitos ali mesmo na fogueira, enchemo-nos de tanto calor no coração, que o amor estranho dos russos pelo inverno se torna natural. E o frio já nem se sente tanto. O cheiro forte a pinha e a fumo, o brilho da neve e o sabor dos bliny são inesquecíveis e só falta cantar a popular Oi, moroz, moroz (Ó frio, frio) em coro… Poucas lembranças da velha Rússia no meio da cidade industrializada e friorenta. Nem tão longe de nós e criadas pelas próprias mãos!

Não sei por que é que a gente não gosta do inverno. Para mim, a existência de uma festa como a “Maslenitsa” basta para aguentar as temperaturas baixas. Já espero ansiosamente pelo próximo inverno. É para a alma!

A autora do artigo é Alexandra Rudakova.

суббота, 27 февраля 2010 г.

O conceito de beleza

É natural dar-se mais valor àquilo que é raro. Ninguém por exemplo liga ao ar, até que comece a escassear ou a tornar-se prejudicial. A saudade de alguma forma nasce da ausência, ou da perda. Vejamos o que consta do conceito de beleza neste âmbito.

Dentro deste conceito, há uma parte universal e uma parte variável, individual. Há coisas de que todos gostamos unanimemente, tais como a justa proporção, a harmonia. Nem as obras de arte moderna são excepção, na medida em que os seus autores frequentemente se distanciam dos cânones de beleza tradicionais, para chamar a atenção para o contrário.

O conteúdo da parte variável depende da época, da cultura, da pessoa.

Já estamos todos fartos de ouvir dizer que ainda há bem pouco tempo não desprezavam a gordura como hoje em dia. Pelo contrário, uma pessoa magra era considerada doente. Não quero com isto dizer que o ideal fosse pesar mais de 100 quilos, porque não devemos esquecer que a norma de beleza universal valoriza proporções saudáveis. Temos então a imagem de uma pessoa de pele branca e de formas opulentas. Se formos para a África, a gordura acentuada é tida como formosura. Na Ásia, os cânones de beleza privilegiam os cabelos ondulados e castanhos, ou loiros, e a pele clara “de prata”. Enquanto que pela Europa fora imperam a pele bronzeada, a ausência de gordura, e a guerra aberta à celulite.
Porque será que os cânones de beleza evoluem tanto?

Lembremo-nos da tese que tem sido até exposta, e que parte do princípio que valorizamos aquilo que é mais raro. Como era então a sociedade antes da era da industrialização, e da invenção da electricidade? A grande maioria das pessoas vivia no campo, debaixo do sol, com pouca comida, o que fazia com que a maioria andasse relativamente magra, com a pele danificada pelo sol, pelo vento, e a lavoura. Só a nobreza usava guarda-sol e tinha quem a transportasse para dar uma volta. Tornava-se difícil ser-se original.

Já têm a explicação para a beleza em África e na Ásia. Vamos abordar um assunto mais agudo, o do ideal moderno europeu.

Poucos trabalham o dia inteiro ao ar livre, a maioria fica fechada em edifícios, daí a dificuldade em bronzear. Quanto ao exercício físico, já não se destina a ganhar o pão, na maior parte dos casos, e inclusive até já se paga para poder transpirar durante algum tempinho livre, nas salas de fitness.

Por vezes, mudar de país transforma a interpretação do rosto de uma pessoa. Já pensaram nisso? Essa relatividade permite-nos também minimizar algumas feições consideradas como imperfeitas. Por exemplo, pode-se perfeitamente dizer: “Sou assim tão branquinha porque sou uma Marquesa de Pompadour reencarnada”.

вторник, 23 февраля 2010 г.

Terra Incognita

Sibéria... O que é que imaginam ao ouvir esta palavra? Espaços a perder de vista cobertos de neve? Inverno eterno? O frio insuportavel? Ursos que andam pelas ruas procurando comida?
Mas como é a Sibéria na verdade? Claro que nem todos têm a coragem de comprar o bilhete e ir para esta terra encantadora. Porém valerá a pena ler este artigo até ao fim porque a autora é siberiana.Nasci e cresci na Sibéria. E a minha casa ainda tem aquecimento, o que ajuda a não morrer de frio. Sim, realmente faz lá frio. O inverno é muito longo – quase 6 meses, e a temperatura mínima de que eu me lembro foi de 50 e poucos graus negativos . Mas a temperatura normal no inverno varia de 20 a 30 graus negativos. Não quero desiludi-los, mas nunca encontrei nenhum urso na rua, estes animais só habitam nas florestas e, obviamente, evitam o contacto com pessoas.Ainda assim é bem interessante o inverno na Sibéria. È possível construir castelos e vários esculturas de neve ou gelo, jogar bolas de neve e rolar do cima das montanhas.

Gosto muito da minha pátria e aconselho-os a viajar até lá!