вторник, 8 декабря 2009 г.

O Concurso de Fonética


Não há nenhum estudante de Portugués na Universidade de Relações Internacionais de Moscovo que não сonheça o Concurso de fonética, que decorre todos os anos nos finais de novembro. Todos os estudantes que estudam português no primeiro ano aguardam este evento com impaciência. É uma autêntica instituição, um ritual iniciático após o qual Concurso os caloiros passam a ter de alguma forma o direito de se considererem verdadeiros estudantes de Português e membros da comunidade lusófona.
Se falarmos da história deste tradição pode-se dizer que o protótipo do nosso concurso é a Praxe académica em Portugal. A praxe é um conjunto amplo de tradições, usos e costumes que se praticam e repetem ao longo dos anos no foro universitário, e cuja Alma Mater é Coimbra. Na realidade é tradição integrar os caloiros na sua nova escola e nos respectivos costumes do estabelecimento, pelo que a praxe constitui também um ritual iniciático fortemente hierarquizado. Esta ligação é tão forte que por muitas vezes se confunde o conceito de praxe, que é o conjunto de todas as tradições e rituais, com o de "melindrar o caloiro". Actualmente, as actividades de recepção ao Caloiro têm sofrido forte contestação e gerado enorme polémica, chegando a haver o instaurar de diversos processos-crime, em razão de práticas que, afinal de contas, nada têm a ver com os ritos iniciáticos da praxis académica. Felizmente não temos por objectivo realizar a praxe original.


Há pouco decorreu o concurso de fonética na nossa universidade (Universidade de Relações Internacionais de Moscovo- MGIMO) que incluiu 5 provas tradicionais:
Primeiro, os estudantes têm de recitar travas-línguas, seguidos da declamação dos versos de poetas famosos portugueses e como não podia deixar de ser, o nosso poema preferido «Mar Português», que todos os estudantes são obrigados a saber de cor. Este poema do célebre poeta Fernando Pessoa já se pode chamar «o hino» dos estudantes. A seguir vai a vez das encenações, sketches e, finalmente, as canções.
Os estudantes do primeiro ano de Relações Internacionais e Jornalismo Internacional e do 2 ano de Relações Económicas Internacionais com sucesso conseguiram provar que já tinham um notável conhecimento da língua apesar de a estudarem há apenas 3 meses, e que estavam prontos para continuar os seus estudos com o mesmo afinco.


O ambiente nesta nóite e tão familiar que quase ninguém se sente em competição e não apetece ir embora no fim. Aliás posso acrescentar que o Concurso de Fonética não é só uma tradição, uma festa que os caloiros não irão esquecer nunca, como também um grande estímulo para vir outra vez no próximo ano, para se juntar aos outros estudantes de Português, e desfrutar das intervenções dos alunos do 1 curso, rir-se e tomar consciência de que já são estudantes-veteranos – não caloiros .
Tatyana Murashova

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